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No fim de março, a Disney lançou nos cinemas globais sua nova adaptação em live-action de Snow White, uma tentativa de renovar o clássico de 1937 que marcou gerações. O projeto, que deveria celebrar a longevidade e a magia dos contos de fadas, acabou se tornando o símbolo do desgaste da fórmula das refilmagens da Disney. Entre controvérsias nos bastidores, mudanças drásticas no enredo e recepção negativa do público, Snow White acumulou uma sequência amarga: fracasso de bilheteria, críticas destrutivas e escândalos nas redes sociais.
Bilheteria decepcionante e rejeição mundial
A promessa de sucesso virou decepção logo nos primeiros dias. No Brasil, Snow White teve um desempenho fraco nas bilheterias, arrecadando cerca de 6 milhões de dólares até o momento. Para um título da Disney com grande investimento e ampla divulgação, o resultado ficou muito aquém do esperado.
No cenário internacional, a situação também não foi melhor: o filme estreou com números modestos na América do Norte e em outros mercados, sem alcançar o impacto comercial planejado.
A projeção total de bilheteria gira entre US$ 300 e 400 milhões, longe da “linha de segurança” de US$ 500 milhões que seria necessária apenas para cobrir os custos — que ultrapassaram os US$ 410 milhões, incluindo:
- US$ 270 milhões de produção (afetada por greves e incêndios nos estúdios);
- US$ 111 milhões em marketing global;
- US$ 29 milhões em despesas extras.
Mesmo com possíveis receitas de streaming e produtos licenciados, analistas preveem um prejuízo de mais de US$ 100 milhões para a Disney.
Uma avalanche de críticas
As notas do público e da crítica foram igualmente impiedosas. No Rotten Tomatoes, a nova versão de Branca de Neve obteve apenas 40% de aprovação, enquanto no IMDb a nota caiu para 1.5/10, acompanhada de um alerta sobre “atividade anormal” na página de avaliações.
Os principais comentários giram em torno da qualidade do CGI (especialmente os “anões mágicos” gerados por computador), da mudança radical de tom e da narrativa forçada em sua tentativa de empoderamento. Como resumiu um usuário:
“Se é pra ver algo tão mal feito, prefiro jogar no celular.”
Um conto tradicional em meio a disputas culturais
Desde o anúncio do elenco, Snow White foi alvo de controvérsias. A escolha da atriz Rachel Zegler, de origem latina, para interpretar uma personagem originalmente descrita como “com pele branca como a neve”, gerou intensos debates sobre representatividade, fidelidade ao material original e marketing identitário. A Disney tentou contornar a questão adaptando a origem do nome da personagem — de “branca como a neve” para “nascida durante uma nevasca” — o que rendeu ironias como “a princesa da nevasca”.
Mais combustível foi adicionado quando Zegler afirmou em entrevistas que não gostava da história original, chamando o conto de “ultrapassado” e criticando “o príncipe que a seguia sem ser convidado”. O comentário caiu como uma bomba entre os fãs da animação clássica.
Incoerências visuais e narrativas
Outra crítica frequente recai sobre a caracterização da Rainha Má, interpretada por Gal Gadot, cuja beleza e presença de cena fazem a ideia de “inveja” da Branca de Neve soar incoerente. Para resolver o impasse, a narrativa foi ajustada: o espelho mágico passa a definir a “mais bela” não apenas pela aparência, mas também pela bondade e coragem. Ainda assim, a mudança não convenceu muitos espectadores.
O enredo também elimina o final romântico tradicional. Em vez de ser salva por um beijo de amor verdadeiro, Branca de Neve se recusa a ser resgatada, enfrenta a Rainha, destrói o espelho mágico e assume o trono como rainha soberana — uma abordagem que dividiu opiniões e rompeu com a essência nostálgica da animação original.
Como assistir Snow White no aplicativo YouCine?
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Para assistir, siga os passos:
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Vale a pena assistir?
Se você é fã da Disney, vale a pena assistir por curiosidade. Mas esteja preparado: o que deveria ser uma homenagem ao primeiro longa-metragem animado do estúdio acabou se transformando em um estudo sobre como nem todo clássico resiste bem às mudanças do presente.
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